02/01/2005 Amados peregrinos de Fátima!
Quero agora dirigir uma saudação aos doentes aqui presentes em grande número,
mas extensiva a quantos, em suas casas nos hospitais, estão unidos
espiritualmente a nós.
O Papa os saúda com grande afeto, queridos enfermos, assegurando uma especial
lembrança na orações por vós e pelas pessoas que cuidam de vós.
Ponho os anseios de cada um de vós no altar onde Jesus continuamente intercede e
se sacrifica pela humanidade.
Venho aqui hoje como testemunha de Jesus ressuscitado. Ele sabe o que é sofrer,
e viveu as angustias da morte; mas, com sua morte, matou à morte, sendo o
primeiro homem, em absoluto, que se libertou definidamente de seus grilhões. Ele
percorreu todo o itinerário do homem até a pátria do Céu, onde preparou um trono
de glória para cada um de nós.
Querido irmão enfermo!
Se alguém ou alguma coisa te faz pensar que chegaste ao final do caminho, não
acredite nisso! Se tens conhecimento do Amor que te criou, sabes também que,
dentro de ti, há uma alma imortal. Existem várias estações na vida; se por
ventura sentistes chegar o inverno, quero que saibas que não pode ser a última
estação, porque a última será a primavera: a primavera da ressurreição.
A totalidade de tua vida se estende infinitamente além das fronteiras terrenas:
prevê o Céu.
Queridos enfermos!
Eu sei que "os sofrimentos do tempo presente não são nada em comparação com a
glória que será revelada em vós" (Rm 8,18). Ânimo! Neste Ano Santo, a graça do
Pai se derrama com maior abundância sobre quem a acolha com a alma simples e
confiada das crianças; isto foi recordado por Jesus, no texto evangélico agora
proclamado. Sendo assim, buscai se contados também vós, queridos enfermos, no
número destes "pequenos" para que Jesus possa se comprazer de vós. Dentro de
pouco, Ele vai se aproximar de vós para abençoá-los pessoalmente no Santíssimo
Sacramento: vai ao vosso encontro com a promessa "Eu renovo todas as coisas!"
(Ap 21,5). Tende confiança! Abandonai-vos a sua mãe providente, como o fizeram
os partozinhos Francisco e Jacinta. Eles vos dizem que não estais sozinhos. O
Pai celeste vos ama.
Fátima, 13 de maio de 2000
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