02/01/2005 Em preparação para as aparições de Nossa Senhora, um anjo que se identificou
como o Anjo de Portugal, falou em primeiro lugar às crianças dizendo-lhes: "Não
tenham medo. Eu sou o anjo da Paz. Rezem comigo".
Depois ajoelhou-se, enclinando-se até tocar o seu rosto no solo e rezou: "Meu
Deus, eu creio, eu adoro e eu te amo!, peço-te perdão por aqueles que não crêem,
não adoram, não confiam e não te amam!" E disse esta oração três vezes. Quando
parou, disse às crianças "Rezem assim. Os corações de Jesus e Maria estão
atentos à voz de suas súplicas". Ele deixou as crianças que começaram a dizer
esta oração freqüentemente.
Na aparição final do anjo, ele trouxe-lhes um cálice o qual suspendeu no ar; por
cima deste havia uma hóstia. Gotas de sangue caiam da hóstia para o cálice.
Antes de oferecê-lo a Lúcia, a única que tinha recebido a Primeira Comunhão, ele
se prostrou na terra e disse:
"Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu te adoro profundamente e
te ofereço o Precioso Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente
em todos os tabernáculos da terra, em reparação por todas as ofensas,
sacrilégios e indiferença com os quais Ele é ofendido. E através dos méritos
infinitos de seu Sacratíssimo Coração e do Imaculado Coração de Maria, eu
rogo-te pela conversão dos pobres pecadores".
Ele repetiu esta oração três vezes e ao parar, levantou a hóstia e olhando-a
disse:
"Comam e bebam o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente insultado pelos
homens ingratos. Façam reparação por seus crimes e consolem a Deus".
A primeira aparição de Nossa Senhora ocorreu no dia 13 de maio, a Virgem
apareceu flutuando em uma nuvem, rodeada de uma luz brilhante e segurando um
rosário.
Ela disse:
"Não tenham medo. Eu não lhes farei mal!"
Lúcia perguntou à Senhora de onde era, o qual Ela respondeu: "Eu sou do céu"
Depois disso, Lúcia perguntou-lhe o que queria deles. A Senhora replicou:
"Eu venho a pedir-lhes que venham aqui por seis meses consecutivos, no dia 13 a
esta mesma hora. Depois Eu lhes direi quem sou, e o que quero. Depois eu
voltarei aqui pela sétima vez".
Lúcia perguntou se ela iria ao céu, a Senhora respondeu-lhe, "Sim, sim irás".
Depois perguntou se Jacinta e Francisco iriam também ao céu. A Senhora
respondeu, "Também. Mas Francisco terá que dizer muitos rosários!"
Depois Lúcia perguntou-lhe sobre duas meninas que tinham morrido recentemente, a
Senhora respondeu de novo: "Vocês desejam oferecer-se a Deus, suportar todos os
sofrimentos que Ele se compraz em enviar-lhes, como um ato de reparação pelos
pecados pelos quais Ele é ofendido, e pedir pela conversão dos pecadores?"
As crianças responderam, "Sim, sim desejamos". A Senhora então lhes disse que
eles teriam que sofrer muito, mas que a Graça de Deus seria seu consolo.
Na aparição de julho, a Virgem disse às crianças:
"Sacrifiquem-se pelos pecadores, e repitam com freqüência, especialmente quando
fizerem um sacrifício por eles: O Jesus, é por amor a Ti, pela conversão dos
pecadores e em reparação pelos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de
Maria".
Ela também confiou a eles três segredos muito importantes os quais eles tinham
que guardar até que Ela decidisse, também predisse dar-lhes um grande sinal no
dia da futura aparição em outubro.
"Quando vocês rezarem o Rosário, digam depois de cada mistério "Oh meu Jesus,
perdoai-nos e livrai-nos do fogo do inferno. Levai as almas todas para o céu,
especialmente as que mais necessitarem da Tua Misericórdia".
Em 13 de outubro de 1917, Nossa Senhora apareceu às três crianças, que tinham
reunido por volta de 70.000 pessoas que foram testemunhas do incrível fenômeno
do sol.
Nossa Senhora se manifestou com o título de "Nossa Senhora do Rosário".
Em 17 de outubro, O Dia, um jornal de Lisboa reportou o seguinte: À uma da
tarde, meio dia pelo sol, a chuva parou. O céu, com uma cor cinza perolado,
iluminava a vasta paisagem árida com uma luz estranha.
O sol tinha um fino véu transparente, viu-se girar e rodopiar no círculo das
nuvens abertas. Um grito saiu de cada boca e as pessoas caíram de joelhos no
chão pantanoso.
A luz tornou-se de azul formoso como se tivesse vindo através de vidros
defumados de janelas de catedral e espalhou-se sobre as pessoas que estavam
ajoelhadas com as mãos abertas. O azul se desvaneceu devagar e então a luz
parecia passar através de um vidro amarelo. Manchas amarelas caíram sobre os
panos brancos e sobre as saias escuras das mulheres. Também foram vistas nas
árvores, nas pedras e na serra. As pessoas choravam e rezavam com as cabeças
descobertas na presença do milagre que eles tinham esperado.
Outro grande jornal de Lisboa, o Século, mandou seu editor, Avelino de Almeida
ao local das aparições. Ele veio preparado para ridicularizar as aparições,
entretanto isto foi o que ele reportou:
Desde a estrada, onde os veículos estavam estacionados estavam reunidas centenas
de pessoas que não se atreviam a atravessar o pântano, podia-se ver a imensa
multidão que olhava para o sol, o que parecia estar livre das nuvens e a pino.
Parecia como uma placa de prata desbotada e era possível olhá-lo sem nenhum
incômodo.
Poderia ter sido um eclipse que estava acontecendo. Mas nesse momento escutou-se
um grande grito e podia-se escutar os espectadores mais próximos gritando:
"Milagre! Milagre!" Diante dos olhos atônitos da multidão, cujo aspecto era
bíblico como se estivessem descobertos, ansiosamente buscando o céu, o sol,
tremeu, fez alguns movimentos incríveis fora de suas leis cósmica - o sol
"dançou" - de acordo com as expressões típicas das pessoas.
O Doutor Joseph Garret, um professor de ciências da Universidade de Coimbra
notou isto:
Este não foi um relampear normal de um corpo celestial, porque o sol girou ao
redor de si mesmo em um redemoinho louco, quando repentinamente o clamor foi
escutado por todas as pessoas. O sol, rodopiando, parecia perder-se do
firmamento e avançar ameaçador sobre a terra como se fosse esmagar-nos com seu
grande peso abrasador.
A sensação durante estes momentos era terrível.
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